segunda-feira, maio 08, 2006

Pintar o mundo

Todos os dias acordo, todos os dias sinto, ainda ontem não pensei sentir hoje assim... Queria poder ter o dom de exprimir e conseguir mostrar de alguma forma aquilo que sinto.. Choro em silêncio sempre que penso no que sinto fundindo isto com o que sinto sobre o que penso. Choro mas não fico triste, muito pelo contrário, sinto-me feliz pois tenho o dom de sentir e nada mais é realizador no mundo! Penso que deambulamos por isto a que chamam vida com esse fim, sentir! Levanto o braço bem alto e num acto de revolta grito NÃO!!! Não me contento com um simples existir que nos arrasta, exijo um viver constante! "Não me contento com orgasmos de prazer, quero sentir a alegria permanente de viver!" Sempre procurei uma fonte de energia de onde pudesse saciar esta minha sede! Descobri que essa tão almejada fonte existe dentro de mim, bem ao lado de onde saem tão profundos sentimentos e sensações que me guiam nesta procura desesperante que me faz estar aqui! Apetece-me pintar o mundo... Poder abraça-lo, abraçar-te a ti, ou até a mim, quem se pudesse não haveria de se abraçar muitas vezes no seu cubiculo naquele silêncio ensurdecedor que nos faz gritar num tom arrepiante e silencioso! Sinto e recuso-me a reprimir tal coisa pois disferir tal golpe em mim pode ser fatal! A vida e as suas voltas, seus duelos rodeiam-me e farto destes caminhos sinuosos Juro construir uma estrada em linha recta, bela e larga (para permitir a mim mesmo a opção de não caminhar sozinho) que me vai levar ao firmamento e aí, aí verei que tudo era diferente...

2 Comments:

Blogger O poeta e o Guerreiro said...

"Dois braços dão um abraço. Quatro braços dão dois abraços... e por aí fora até não haver mais braços para abraçar"
Aprendi que um abraço é uma fonte de alegria. Qd dás um abraço, recebes um abraço. Por isso, partilha os abraços.
E tens sempre um reservado para ti

segunda-feira, maio 08, 2006 2:30:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

UM PEDAÇO DE CÉU


Tu, a que eu amo nesta manhã
que trouxe a tua imagem com os ruídos
da rua, vai até à janela,
levanta as persianas do quarto, e olha
o céu como se ele fosse
um espelho. Diz-me, então,
o que vês? As nuvens que passam
pelos teus olhos? Um azul cuja
sombra te desenha o contorno
das pálpebras? A mancha rosa do nascente
que o horizonte roubou ao
teu rosto? Mas não te demores. Um espelho
não se pode olhar muito tempo; e
o céu da manhã é dos que mudam com
as variações da alma. Pode ser que o céu
roube um sorriso aos teus lábios: e
mo traga, para que eu o ponha neste poema,
onde te vejo, um instante, enquanto
a manhã não acaba.

Nuno Júdice, em

Pedro, Lembrando Inês

sábado, maio 13, 2006 1:52:00 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home